ENTREVISTA A 1 CASAL DE VOLUNTÁRIOS DE TURNO

Entrevistámos um casal que faz turno. São eles: Elisabete e Luís!

Há quanto tempo estão na Refood?

R.: Desde Outubro de 2019.

O que vos incentivou a começar?

R.: Vi um anúncio no facebook a pedir voluntários e como à 3a não tinhamos nada para fazer, disse “Vamos ajudar” (conta-nos a Elisabete).

O que vos motiva a continuar?

R.: A equipa é essencial para nos mantermos! A 3a feira tem uma boa equipa. Hoje, por exemplo, não nos apetecia nada vir mas, pela equipa viemos e aqui estamos nós!

Qual é, para vocês, a principal causa que a Refood defende?

R.: É o desperdício alimentar!

Se tivessem de convencer alguém a experimentar, o que lhe diriam?

R.: Que em vez de estarmos sentados no sofá, podemos vir ajudar o próximo!

O que é, para vocês, ser voluntário?

R.: É fazer alfo para ajudar o próximo, independentemente de ser com alimentação ou outra coisa qualquer. Torna-se gratificante!

Porquê a Refood?

R.: Escolhemos a Refood em comparação com outra associação por uma questão de proximidade.

Ignorando questões monetárias ou de disponibilidade, se pudessem mudar ou inovar em alguma coisa na Refood, o que seria?

R.: A mudar, acho que os beneficiários deviam trazer as suas próprias caixas, uma vez que nos aparecem caixas em estados críticos, sem motivo aparente, que acabam por ser um investimento para nós, Refood. e é uma luta constante a confirmação de que nos chegam todas as caixas ao núcleo, entregues no dia anterior.

Numa palavra, o que é a Refood para vocês?

R.: Ajudar

Quais os pontos positivos e os pontos negativos de fazer voluntariado na Refood?

R.: Positivos é a gratificação, sentirmo-nos úteis por estarmos a ajudar em algo. Negativos é ver a forma como as pessoas necessitam e aparentam não precisar por se darem ao luxo de recusar coisas que oferecemos. Faz-nos questionar se realmente precisam. Como se costuma dizer, a cavalo dado não se olha o dente. Gostamos de ver a humildade e consciência de recusarem apenas quando reconhecem que é, de facto, comida em excesso para eles!

 

Qual é a vossa tarefa preferida na Refood?

R.: Não temos tarefas preferidas. Gostamos de fazer de tudo um pouco.

Se a Refood fosse um animal, qual seria?

R.: Um elefante. Por ser muito grande e estar sempre a dar.

Se a Refood fosse uma cor, qual seria?

R.: Verde. Cor da esperança.

Se a Refood fosse um objeto, qual seria?

R.: Colher. É um símbolo da alimentação.

O que mais vos surpreendeu quando começaram o voluntariado na Refood?

R.: A organização. Está tudo muito bem organizado e em constante evolução: turnos, rotas, etc.

Qual é o momento que passaram na Refood que guardam com mais carinho?

R.: Um momento específico que tivemos com uma das nossas gestoras de turno, a Filipa. Nós damos o pão duro a um senhor que tem galinhas. E nós atirámos para lá fruta meia podre e ela questionou-nos. Soltámos muitas gargalhadas ao discutir o que comem e não comem as galinhas! (dizem-nos desmanchados às gargalhadas)

Se a Refood fosse algo que trazem sempre com vocês, o que seria? Porquê?

R.: Porta-chaves. É pequeno mas muito útil e move muita coisa. Ou então um canivete suiço que também é muito pequeno mas extremamente útil.

Que música a Refood lhe faz lembrar?

R.: “Ponho o carro, tiro o carro” por causa das rotas, do entra e sai das pessoas, carregando e descarregando os carros.

Se a Refood fosse uma pessoa, acham que teria que idade?

R.: 28. É uma jovem, um espírito jovem!


in Jornal Noticias do Parque – ano XIX – NR 114

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